sexta-feira, 29 de junho de 2018

O coração no passado e os olhos no futuro

Estimemos mais uma vez presente no congresso da Associação Americana de Ortodontistas, realizado no início do mês de maio na cidade de Washington. Além de rever amigos brasileiros e estrangeiros, a bela capital norte americana foi palco de um evento com extraordinária qualidade científica, muitas novidades tecnológicas e grande presença de público. Dois fatos chamaram a atenção dos participantes do evento, revelando a importância e a abrangência do encontro.
Na feira comercial ficou evidente o direcionamento das empresas ligadas à nossa especialidade para o desenvolvimento de softwares voltados para análise e planejamento da movimentação dental, assim como foi intensa a criação de plataformas informatizadas para a construção de alinhadores estéticos. A impressão geral é que toda grande indústria ortodôntica pretende oferecer, em seu catálogo, o planejamento e a construção de alinhadores plásticos.

Por outro lado, nos enormes auditórios do congresso, foi emocionante e calorosa a acolhida aos grandes mestres de nossa profissão, tais como os Drs. Andrew Haas e Bjorn Zachrisson, aplaudidos de pé após suas apresentações. Haas, hoje aos 92 anos, pesquisou, aprimorou e divulgou a técnica de expansão rápida da maxila na comunidade ortodôntica, enquanto o norueguês Zachrisson trouxe contribuições significativas na análise estética do sorriso por parte do ortodontista, assim como investigou técnicas de reanatomização e contenção dental.

Na capital do Estados Unidos a mensagem transmitida aos presentes foi que a prosperidade de uma profissão suporta-se pelo embasamento, gratidão e respeito aos grandes mestres do passado e edifica-se com o olhar firme voltado para o futuro!


Flávio Cotrim-Ferreira
Editor científico


quarta-feira, 13 de junho de 2018

Viagem com tempestade


Acho interessante comparar o tratamento ortodôntico a uma longa viagem, na qual o profissional precisa entender as necessidades do seu cliente para saber até onde ir, deve planejar a rota de modo a realizar um bom diagnóstico dos possíveis problemas no trajeto e finalmente pilotar adequadamente o veículo (no nosso caso, os aparelhos ortodônticos) até o destino final. O entendimento do quadro completo, a atenção com os detalhes e o cuidado em cada fase do processo caracterizam uma ortodontia de sucesso.

        Esta analogia é especialmente válida para entendermos o tratamento ortodôntico dos pacientes com comprometimento periodontal, matéria de capa desta edição. Neste tipo de terapia poderíamos imaginar que foi prevista uma tempestade ao longo do trajeto.

        Nossa primeira tarefa é estimar a dimensão da tormenta, se necessário com a ajuda de especialistas na área climática. O mesmo deve ser feito no consultório, valendo-se dos profissionais de Periodontia, Implantodontia e Prótese Dentária e exames diagnósticos detalhados. Os conhecimentos reunidos por esta junta clínica podem deliberar se o deslocamento é inviável, caso a “tempestade periodontal” seja muito intensa, ou se o percurso é possível, neste caso mapeando a rota mais segura para o caso. Por vezes, deixar de realizar um tratamento ortodôntico é a melhor opção para o paciente.

        Em seguida selecionaremos o “veículo” mais adequado para fazer a viagem com eficiência e segurança. Imaginem que enfrentar um mesmo temporal com um avião, um barco ou um automóvel pode ser bastante diferente. De maneira análoga, as mecânicas ortodônticas muito intensas, que aplicam forças pesadas em curtos períodos de tempo, são extremamente arriscadas em pacientes com envolvimento periodontal severo. Talvez seja melhor optar por movimentação dental mínima, com longos intervalos entre as ativações, uma vez que há pouca área de inserção do ligamento periodontal.

        A “pilotagem” do tratamento ortodôntico é o controle biomecânico, enfatizando que estes pacientes possuem o centro de resistência deslocado para apical e por isso a tendência de inclinar os dentes é muito maior. Assim, o ortodontista precisa conduzir a mecânica com máxima atenção durante todo o percurso. Traumas oclusais, surgidos durante a terapia, podem ter efeitos devastadores em um paciente de periodonto frágil.
Para concluir, devemos ter em mente que a prioridade de nosso tratamento, assim como na pilotagem de um veículo, é levar o cliente a salvo até o destino final.


Flávio Cotrim-Ferreira
Editor científico



quinta-feira, 3 de maio de 2018

Tratamento ortodôntico do jeito certo. É preciso usar aparelho de contenção removível o dia inteiro?



 O uso do aparelho  de contenção removível depende da responsabilidade do paciente. Veja as explicações da especialista se é preciso usar o dispositivo o dia inteiro

O uso do aparelho de contenção removível depende da responsabilidade do paciente. Veja as explicações da especialista se é preciso usar o dispositivo o dia inteiro

Diversas pessoas já passaram pela fase de usar aparelho ortodôntico. Isto acontece porque o dispositivo consegue corrigir diversos problemas bucais. “Após o término do tratamento ortodôntico com aparelho fixo, deve-se iniciar a fase de contenção ortodôntica”, explica a profissional. Essa é a etapa do uso de aparelhos, na sua maioria das vezes, removíveis. E é aí que muita gente vê seu tratamento ser estendido ou atrasado. Isso porque, esse período exige muita disciplina e cuidado do paciente. A ortodontista Andréia Cotrim trouxe esclarecimentos sobre a contenção ortodôntica, suas indicações de uso e cuidados.

Confira os casos em que o aparelho removível é indicado

Muitas pessoas acham que ao tirar o aparelho ortodôntico o tratamento chegou ao fim. No entanto, existe uma etapa seguinte chamada de contenção, podendo ser as tradicionais removível e fixa, ou placa de acetato, que é um modelo mais atual também do tipo removível . “Os aparelhos removíveis tradicionais são mais utilizados em crianças que estejam em fase de dentição decídua ou mista, e que ainda estejam em fase de crescimento”, esclarece a dentista. E ainda, atualmente há o uso de alinhadores, que são aparelhos removíveis e possibilitam o tratamento para todos os tipos de má oclusão, seja em adultos ou crianças.

É preciso usar a contenção removível o dia inteiro?

Diferente da contenção fixa, o uso do aparelho removível depende da responsabilidade do paciente para ser eficaz. “O aparelho removível tradicional deve ser usado o maior número de horas possível, inclusive enquanto o paciente dorme”, orienta Andréia. No entanto, como acontece na maioria das vezes, é possível que o dentista libere do uso na escola ou atividades físicas, para preservar o item da possibilidade de quebras ou esquecimento. A profissional completa. “E ainda, evitar qualquer prejuízo que a criança possa ter durante uso na escola por dificultar um pouco durante a fala”. Vale lembrar que os pacientes que não usam o aparelho da maneira correta tem como consequência o atraso do tratamento e, em alguns casos, é necessário até mudar o plano de tratamento devido à idade de crescimento dele.

Siga os principais cuidados com o aparelho removível

Os cuidados com o aparelho removível são essenciais para que o item esteja sempre em bom estado e cumpra sua eficácia, trazendo os resultados tão esperados. “Os aparelhos removíveis devem ser escovados diariamente de maneira a não deixar que haja adesão de placa bacteriana sobre a resina acrílica”, destaca a ortodontista. Além disso, o item deve ser retirado nas refeições e colocado na caixinha, fornecida pelo dentista. Assim, ele não é danificado, esquecido ou jogado no lixo por engano. A profissional ainda ressalta que o paciente deve ser instruído pelo profissional que o acompanha a colocar e remover o aparelho corretamente.



Em quais casos é preciso extrair um dente para colocar o aparelho ortodôntico?


  Saiba em quais casos é necessário a extração de um, ou mais dentes antes de iniciar seu tratamento ortodôntico. A dentista Andréia Cotrim fala sobre o assunto!
Saiba em quais casos é necessário a extração de um, ou mais dentes antes de iniciar seu tratamento ortodôntico. A dentista Andréia Cotrim fala sobre o assunto!

Quando queremos deixar nosso sorriso alinhado, de forma mais estética, logo pensamos em recorrer ao aparelho ortodôntico. Mas antes de iniciar esse tratamento, muitas vezes, o paciente precisa passar por uma série de exames e, em alguns casos, até extrair um dente para a colocação do aparelho. Isso mesmo que você leu: extrair um dente. Mas antes que você pense que isso é loucura, confira nosso papo com a dentista Andréia Cotrim, que tira todas as dúvidas sobre essa situação e por que ela se faz necessária em alguns casos.

Colocar um aparelho ortodôntico pode exigir a necessidade uma extração de dente

Primeiramente, o paciente irá passar por uma documentação para saber se realmente há a necessidade de extração de dentes. “Essa documentação está diretamente associada com a queixa principal desse paciente e se ela é condizente com esse tipo de planejamento ortodôntico”, explica Andréia. A dentista completa que geralmente esses casos acontecem por conta do apinhamento, dentes que estão tortos na arcada, e com base no perfil facial que a pessoa possui.
Antes da colocação do aparelho ortodôntico, o paciente deve passar por uma consulta avaliativa com o seu clínico geral para saber se está em condições de usar o dispositivo. “A partir da avaliação do quadro, se for necessária qualquer alteração na saúde periodontal, ele deve iniciar imediatamente esse tratamento e depois colocar o aparelho ortodôntico”, explica a profissional.

Por que, em alguns casos, é preciso extrair um, ou mais dentes?

Geralmente, esses casos acontecem com pacientes que apresentam um grande apinhamento, quando há uma diferença grande entre o tamanho dos dentes e da base óssea. “Muitas vezes, esses dentes não irão caber na base óssea depois de serem alinhados. Por conta disso, é necessário a extração prévia dos dentes para abertura de espaço”, comenta Andreia. Além disso, esse procedimento evita prejuízo da estética facial durante o nivelamento e alinhamento dos dentes.

A importância dessa extração para o tratamento ortodôntico

As extrações são importantes nesses casos para se evitar um prejuízo da estética facial do paciente, principalmente na fase inicial, quando acontece o nivelamento e alinhamento dos dentes. “As extrações dentais são necessárias para que haja estabilidade ao final do procedimento, a manutenção dos dentes dá o seu posicionamento correto na base óssea. Por isso, muitas vezes a extração é indicada” explica.

Quais são os principais cuidados nesses casos?

O principal cuidado a ser tomado é a correta avaliação por parte do dentista para saber se há necessidade de extração. A profissional relembra que todos os encaminhamentos devem ser feitos por escritos ao cirurgião responsável pela extração. "Além disso, todos os passos do procedimento devem ser devidamente explicados ao paciente, bem como as possibilidades da realização ou não das extrações para o correto tratamento”, finaliza Andréia.


segunda-feira, 27 de novembro de 2017

É indicado fazer clareamento dental após retirar o aparelho ortodôntico?


Após a retirada do aparelho ortodôntico, é comum o paciente estranhar a cor dos seus dentes. Por isso, muitos recorrem ao clareamento dental. Entenda se esse procedimento é indicado nas palavras de uma profissional

Quando colocamos aparelho ortodôntico, muitas preocupações passam pela nossa cabeça. Quanto tempo esse tratamento vai durar? Vou sentir dor? Vai chamar muita atenção? Essas são algumas questões que costumam aparecer nesse momento. Além disso, outra preocupação muito comum é se os dentes ficarão manchados ou escuros após a retirada do aparelho. Será que isso é inevitável? A ortodontista Andréia Cotrim falou com o Sorrisologia sobre esse assunto!

Aparelho ortodôntico mancha os dentes?

Uma dúvida - e até aflição - muito comum de quem começa o tratamento é se o aparelho ortodôntico vai escurecer os dentes. “Não é verdade”, afirma a ortodontista. Já houve uma época em que era comum que o sorriso ficasse manchado após a remoção das peças. “Isso acontecia muito por um acúmulo de alimento em volta do braquete ortodôntico durante o tratamento”, explica. Essa situação resultava na desmineralização da superfície dentária, gerando uma mancha branca nos dentes.
Hoje em dia, no entanto, a Ortodontia já avançou bastante, e esse problema não acontece mais. “Os materiais ortodônticos já apresentam uma grande evolução para que esse não cause nenhum malefício aos dentes dos pacientes”, afirma. No entanto, mesmo com todo esse desenvolvimento, é muito importante que na colocação do aparelho a pessoa seja orientada pelo profissional sobre como realizar a escovação correta, com uso do fio dental e enxaguante bucal, para uma boa higienização dos dentes, gengiva e língua.

Posso fazer o clareamento após retirar o aparelho?

Quando o tratamento termina e você finalmente pode tirar o aparelho, o alívio é muito grande. Você não para de passar a língua sobre os dentes, sentindo a superfície lisinha, e não para de sorrir! Agora que os dentes estão alinhados de maneira correta, é normal que a vontade de realizar um clareamento chegue, para completar o sorriso perfeito.
Segundo Andréia, “o clareamento dentário após o término do tratamento ortodôntico não apresenta nenhuma contraindicação específica”. Ele deve ser feito sempre com o auxílio de um dentista, para que não ocorra nenhum prejuízo nem na saúde nem na estética do sorriso.

Saiba como manter os dentes livres de manchas

Bebidas escuras como café, chá e refrigerantes de cola podem provocar o escurecimento do dente, por isso é ideal evitar consumi-los em excesso. “As manchas também podem acontecer caso o paciente não faça a sua parte”, alerta. Isso se resume a escovação pelo menos três vezes ao dia, uso do fio dental diariamente, enxaguantes bucais e limpeza feita no dentista clínico pelo menos a cada seis meses.

www.vellini.com.br

fonte: www.sorrisologia.com.br/noticia/e-indicado-fazer-clareamento-dental-apos-retirar-o-aparelho-ortodontico_a5977/1

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A arquitetura como aliada do dentista

arquitetura

A chamada Arquitetura Humanizada nasceu da necessidade de se criar ambientes que respeitassem os desejos e as expectativas dos usuários. Não bastava mais que a arquitetura fosse bela, era necessário que ela se tornasse também funcional e aconchegante. Segundo a arquiteta especializada em projetos na área da saúde, Suelena Morais, a humanização da arquitetura é importante em todos as construções, mas torna-se imprescindível na criação de um projeto na área da saúde. “Isso porque quando precisamos ir a um hospital, a uma clínica médica ou odontológica, estamos nos sentindo mais vulneráveis e mais temerosos, por vários motivos. Nesse momento de fragilidade é importante que o ambiente nos seja familiar, acolhedor e agradável, criando uma sensação inconsciente de que somos bem-vindos. Essa sensação pode nos ajudar muito, na medida em que nos deixa mais tranquilos”, explica.
Nas clínicas odontológicas é muito comum que existam clientes que sintam medo de determinados procedimentos, ou seja, são vítimas da chamada odontofobia. Suelena defende que, qualquer que seja o nível de ansiedade apresentada pelo cliente, uma arquitetura humanizada unida a um atendimento diferenciado pode fazer toda a diferença para deixa-lo mais tranquilo e diminuir seu nível de estresse. “Temos testado conceitos simples de humanização, os quais que têm apresentado excelentes retornos. Alguns clientes comentam que sentem, ao habitarem os ambientes projetados usando a humanização, que cada detalhe foi pensado para que se sentissem bem ali”.
Para dar início a um projeto humanizado, é necessário, antes de qualquer conceito, analisar o perfil do cliente. É preciso exercitar o “sentir com a pele” desse cliente e, a partir daí, começar a definir como será a decoração. “Assim teremos clínicas que serão espaços aconchegantes, que minimizam a ansiedade e que ajudam os profissionais na conquista dos clientes. Aliás, quando o ambiente é agradável e aconchegante, o próprio dentista passa a trabalhar com mais prazer. É um círculo virtuoso: o dentista trabalha mais satisfeito, o cliente se sente bem recebido, fica mais receptivo ao tratamento e passa a indicar mais o serviço para os amigos, o que deixa o dentista ainda mais satisfeito”, comenta a arquiteta, que também é consultora e professora do “MBA Compacto de gestão e mercado” para profissionais da saúde do Grupo Caproni e do curso de “Gestão e Marketing” do Grupo Gioso. “É esse o objetivo da humanização: deixar o dentista e os clientes mais felizes”, completa.
Vale lembrar que não existe uma receita de arquitetura humanizada que seja aplicada a todos os consultórios, afinal, cada caso é um caso. É importante reforçar que toda a prática depende de uma análise minuciosa do perfil do público-alvo, e isso vai muito além de cada especialidade odontológica.
Conheça algumas dicas de gestão baseada na arquitetura humanizada, cedidas pela especialista Suelena Morais, e que podem ser aplicadas no âmbito odontológico.

Odontopediatria

  • Utilizar bastante cores e detalhes lúdicos na decoração, que possam ser “descobertos” pelas crianças e que possam ser usados pelas mães sempre que precisarem entreter a criança.
  • Pode ser interessante ter um sanitário infantil, feito na escala das crianças.
    Um fraldário, não apenas uma bancada para troca de fraldas, mas também tudo que a mãe pode precisar nesse momento. Claro que isso depende da cultura do cliente.
  • Preparar um ambiente para as crianças na espera. Este espaço, de preferência, deve ficar longe da entrada da clínica, para deixar as mães mais tranquilas.
  • No consultório, garantir que haja um local para entreter a criança enquanto o dentista conversa com a mãe (ou responsável). Pode ser uma pequena bancada com brinquedos, que pode servir também para entreter um irmão enquanto o outro é atendido.
  • Ter um local para a mãe ficar enquanto o filho é atendido, com revistas que ela possa ler e passar o tempo.
  • Ter detalhes no teto da sala clínica que possam chamar a atenção das crianças, caso seja necessário, ou algo bem especial na decoração, ou seja, algo que possa ser utilizado para conquista-las se ficarem com medo.

Odontogeriatria

  • É importantíssimo cuidar dos tipos de cadeiras e poltronas que serão colocadas na espera. As poltronas precisam ser confortáveis e firmes, para não afundar quando o cliente se sentar (e ter dificuldade de se levantar).
  • É preciso ter pelo menos um assento para obesos, que não tenha laterais, pois podem limitar o movimento.
  • Não ter tapetes em área de circulação, pois podem causar quedas.
  • Criar na espera um ambiente aconchegante, que lembre uma sala de estar. É necessário lembrar que muitos não têm mais uma boa visão. Todas as estratégias pensadas devem levar este ponto em consideração.
  • Possibilitar que na circulação entre os móveis caiba um andador ou uma cadeira de rodas.
  • Não ter escadas no acesso para clínica. É sabido que a vigilância proíbe, mas infelizmente algumas clínicas ainda possuem.
  • Pode ser interessante criar um “cantinho” que remeta à uma época passada, que seja importante para os clientes.

Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais

  • A espera deve propiciar que o cliente possa ficar sentado ou deitado, no colo da mãe ou em cadeira de rodas.
  • Pode ser necessário criar uma sala a parte para dar conforto aos clientes que possuem mais dificuldades, para que fiquem confortavelmente deitados se for preciso aguardar.
  • Permitir que uma parte da copa possa ser usada para guardar ou esquentar a alimentação especial dos clientes, afinal, eles podem ter horários específicos de alimentação por sonda, por exemplo, e, nesse caso, a alimentação precisaria ficar armazenada em geladeira e ser aquecida na hora de usar.
  • Procurar criar ambientes tranquilos e livres de barulhos desnecessários, pois os clientes podem se assustar com facilidade.
  • Ter um fraldário com dimensões um pouco maiores, com todos os mimos citados para a Odontopediatria.
  • Analisar as deficiências que costumam a aparecer e as dificuldades que são causadas para os clientes e seus acompanhantes, buscando sempre dar conforto para esses pacientes tão especiais e para seus pais e/ou responsáveis.“O mais importante, sempre, é observar as dificuldades que o cliente enfrenta nos ambientes das clínicas que já existem. Dificuldades podem ser físicas e/ou psicológicas. Observar também o que eles gostam e elogiam de maneira espontânea. No momento de projetar, procurar manter o que se tem de bom e criar soluções que resolvam, de verdade, o que existe de ruim. Se esse conceito for levado a todos os detalhes importantes do projeto, teremos uma arquitetura realmente humanizada que poderá encantar os clientes”, finaliza a arquiteta, palestrante internacional e diretora da Ambiente Amigo Arquitetura Especializada em Saúde Ltda., onde realizou mais de 550 projetos de clínicas e prestou mais de 3.000 consultorias de ajustes de humanização.

Por: Vanessa Navarro

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Escova interdental pode ajudar a prevenir as cáries

A escova interdental ajuda a limpar os cantinhos que a escova tradicional, geralmente, não alcança. Dessa forma você garante uma limpeza mais profunda e elimina o acúmulo de placa bacteriana
A escova interdental ajuda a limpar os cantinhos que a escova tradicional, geralmente, não alcança. Dessa forma você garante uma limpeza mais profunda e elimina o acúmulo de placa bacteriana

Você acha que escova de dente é tudo igual e, na hora da compra, não faz muita questão de analisar qual é a melhor? Saiba que você pode estar cometendo um grande erro na sua higiene bucal. Existem escovas especiais para cada tipo de necessidade. E para eliminar a placa bacteriana, além do fio dental, a escova interdental pode ter um papel fundamental nesse momento. Convidamos a dentista Andréia Cotrim para explicar como podemos incluir essa ferramenta no dia a dia. 

COMO ACABAR COM A CÁRIE?

A profissional é enfática quando diz respeito ao melhor modo de combater a cárie e outros problemas bucais. "O método mais eficiente e simples para o controle da placa dentobacteriana se resume no uso da escova e do fio dental pelo próprio paciente”. Segundo Andréia, se a escovação for realizada de modo meticuloso, três vezes ao dia, será o suficiente para o controle de placa. 

COMO A ESCOVA INTERDENTAL PODE AJUDAR?

"As escovas dentais, sejam elas de qualquer tipo, são um importante recurso para a remoção mecânica da placa bacteriana das superfícies vestibulares, linguais e oclusais". Como complementação do processo de higiene bucal, Andréia recomenda a utilização do fio dental para a limpeza das áreas entre os dentes e da escova interdental para as áreas mais retentivas, ou seja, onde a escova não conseguiu atingir. 
Além disso, há outras situações em que a escova interdental é bem-vinda e ajuda a evitar a cárie. "Em alguns casos, como o uso de aparelhos fixos, temos algumas áreas com mais acúmulo de placa e menos acesso com a escova convencional. Então indicamos o uso de escovas interdentais para ajudar no processo de limpeza", recomenda. 

POR QUE É TÃO IMPORTANTE ESCOVAR OS DENTES

“Escovar os dentes” é a forma comum de dizer que vamos fazer a limpeza oral no dia a dia. Até porque esse hábito vai além de simplesmente usar a escova e creme dental em movimentos de vai e vem e para cima e para baixo. "O objetivo da escovação não deve ser apenas no cumprimento mecânico e automático de um mero ritual cosmético, mas sim a remoção consciente e eficiente de todo o conteúdo residual formador de placa bacteriana que possa estar aderido aos dentes, aparelho e sulcos gengivais”, lembra Andréia. Sendo assim, a escovação é um dos principais meios de prevenção, devendo sempre ser corrigida e melhorada.

ACRESCENTE UMA LIMPEZA DENTÁRIA NO CONSULTÓRIO

Ainda assim é válido buscar outras formas de fazer a higiene oral e se manter longe da cárie como orienta a especialista. "A remoção mecânica da placa dental bacteriana, por meio da profilaxia profissional, é um procedimento efetivo preventivo à cárie dental e à doenças gengivais". Essa limpeza deve ser feita a cada seis meses. Converse com seu dentista para fazer esse acompanhamento sempre que necessário.