segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Arquivo digitalizado – solução para a falta de espaço

Como parte do progresso profissional, todo ortodontista acumula ao longo dos anos de prática clínica, uma grande experiência na solução dos problemas de seus pacientes, assim como também reúne um gigantesco acervo de documentações e modelos de gesso, que ocupam um valioso espaço em seus consultórios.
O Conselho Federal de odontologia, por meio do Capítulo VII, Art. 17, do Código de Ética Odontológica afirma que é obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e atualizada de prontuário, assim como a sua conservação em arquivo próprio, seja de forma física ou digital.
Interessante artigo publicado na 4ª edição de 2015 da Revista Ortodontia SPO esclarece sobre o uso de sistemas informatizados para a manutenção e manuseio das informações do prontuário de pacientes, eliminando a necessidade de registros em papel. O texto alerta para o fato que os sistemas digitais de arquivo devem atender aos requisitos do “nível de garantia de segurança 2 (NGS2)”, definidos pelo Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde, elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em convênio com a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).
Outro aspecto importante na guarda de um arquivo digitalizado é a sua maior segurança quando comparada à documentação tradicional, visto que fatores ambientais como incêndios, inundações, a ação fungos ou de animais, podem danificar irremediavelmente as fichas de papel, os modelos de gesso e as radiografias.
Um arquivo digital corretamente mantido tem acesso rápido e fácil, podendo ser guardado permanentemente.
Pense nisso quando for organizar seu consultório!

www.vellini.com.br

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Inovação - Um caminho sem fim

Henry Etzkowitz, Diretor do Instituto de Política Científica da Universidade do Estado de Nova Iorque, e Loet Leydesdorff, professor da Universidade de Amsterdam, cunharam na década de 1990 o termo hélice tríplice, para descrever a estratégia que consideravam ideal para promover a inovação científica sustentável e duradora. Segundo os autores, o modelo bem sucedido necessitaria contar com a colaboração de três setores da sociedade: as indústrias, as universidades e o governo.

Tal denominação inspira-se em modelos de atuação realizados nos anos 1930 no MIT, Massachussets Institute of Technology, nos Estados Unidos. Nesta época Karl Compton, presidente do MIT, propôs as primeiras iniciativas que aliavam pesquisa acadêmica, indústria e setores do governo, culminando na criação de empresas de alta tecnologia.

Porém existe uma grande dificuldade para unir os três setores com um objetivo comum. Quanto a isso Etzkowitz, em entrevista à revista Conhecimento e Informação, afirmou que: “Normalmente, é necessária a figura de uma organização ou um indivíduo, que tenha o respeito de todos, para uni-los em uma discussão profícua, o que chamo de espaços de consenso, para coordenar as relações e ideias para um projeto em comum e melhorar o sistema de inovação, seja numa região, estado ou país”.

Estes polos de inovação e tecnologia, sob a denominação de incubadoras ou startups, já começam a surgir no Brasil, sendo que muitos deles não têm fins lucrativos e visam devolver, em benefícios à sociedade, uma parte do que, sob a forma de impostos, todos já contribuíram financeiramente.

O interessante é que a inovação é um processo contínuo, que alia criatividade, pesquisa, realização e difusão. Assim, jamais podemos dizer que já estamos inovados, uma vez que este é um caminho sem fim, no qual sempre há espaço para melhoria.


quarta-feira, 25 de março de 2015

Biomimética - uma nova ciência

Nosso planeta é habitado por diferentes formas de vida há aproximadamente 3,8 bilhões de anos, e neste período o processo de seleção natural extinguiu noventa e nove por cento das espécies que já estiveram aqui. Neste mecanismo contínuo e inclemente, os desafios ambientais e a competição entre indivíduos preservaram somente os seres mais eficientes e adaptados. 

Um novo ramo da Ciência, denominado Biomimética, está atento ao design, aos processos químicos e aos materiais que compõem os animais e as plantas hoje presentes na Terra, para aprender com a Natureza e assim solucionar os desafios tecnológicos de nossa era.

Fazer com que o modelo de um trem-bala se assemelhe com o bico do pássaro Martim-Pescador, copiar a textura da pele do Tubarão para desenvolver novas asas de avião ou idealizar o sistema de ventilação de um shopping-center baseado no “projeto” de um cupinzeiro são exemplos interessantes para ganhar eficiência e reduzir custos.

O livro “Biomimética: inovação inspirada pela Natureza”, escrito pela bióloga americana Janine Benyus, inaugurou este termo e deu origem à empresas e consultorias no setor de criação de novos produtos.

Talvez daqui alguns anos você use em seu consultório um instrumento ou um material que foi projetado aproveitando estes 3,8 bilhões de anos de boas soluções que a natureza oferece gratuitamente aos bons observadores!